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COMO FUNCIONA O MOTOR

Posted by Nill On


Um motor 2 tempos é mais ou menos assim:

Motores 2-tempos não têm válvulas de admissão e escapamento nem comando de válvulas, o que simplifica sua construção e reduz seu peso;


Motores 2-tempos têm uma explosão a cada giro do virabrequim, enquanto nos motores 4-tempos há combustão um giro sim, um giro não, e isso dá um ganho significativo de potência aos motores 2-tempos;

Motores 2-tempos podem funcionar em qualquer posição, o que pode ser muito útil em equipamentos como as motoserras. Já um motor 4-tempos normal pode ter problemas com o fluxo de óleo a menos que esteja de pé, e resolver essa deficiência pode deixar o motor mais complexo.

Soltando centelha


Dá para entender um motor 2-tempos ao observar cada parte do ciclo. Comece pelo momento em que a vela dispara a centelha. O combustível e o ar do cilindro foram comprimidos, o que os faz entrar em ignição quando a vela solta a centelha. A explosão resultante empurra o pistão para baixo. Conforme ele se move vai comprimindo a mistura ar/combustível no cárter do motor. Quando o pistão se aproxima do fim do seu curso, a janela de escapamento se abre. A pressão que ainda existe no cilindro leva a maioria dos gases queimados para fora dele, como mostramos abaixo:



Admissão de combustível


Quando o pistão finalmente atinge o ponto mais baixo, a janela de transferência se abre. O movimento do pistão pressurizou a mistura no cárter, o que faz com que essa mistura percorra o canal de transferência e entre no cilindro pela janela de transferência, desloque o restante dos gases queimados e encha o cilindro com uma nova carga de combustível, como na figura abaixo:
Repare que em muitos motores 2-tempos com desenho de fluxo cruzado a cabeça do pistão tem um formato que evita que a mistura ar/combustível que entra passe direto pela parte superior do pistão e saia pela janela de escapamento.


O tempo de compressão


Agora, o virabrequim começa a levar o pistão de volta em direção à câmara de combustão, efetuando o curso de compressão. Conforme a mistura ar-combustível do pistão vai sendo comprimida, cria-se um vácuo no cárter. Esse vácuo abre a válvula de palheta e suga ar e combustível com óleo do carburador. Mas muitos motores não têm essa válvula de palheta e por isso são menos potentes em baixas rotações, devido ao refluxo da mistura ar-combustível pelo duto de admissão.

Assim que o pistão chega ao final do curso de compressão, a vela de ignição dispara de novo para repetir todo o ciclo. E esse motor se chama "2-tempos" porque tem um tempo de admissão simultâneo a um tempo de compressão. Em um motor 4-tempos, há tempos separados de admissão, compressão, combustão e escapamento.

Dá para ver que o pistão realmente faz três coisas diferentes em um motor de 2 tempos:


de um lado do pistão está a câmara de combustão, na qual o pistão comprime a mistura ar-combustível e captura a energia liberada pela ignição do combustível;

do outro lado do pistão está o virabrequim, em cujo compartimento o pistão cria um vácuo para sugar a mistura ar-combustível do carburador através da válvula da palheta e então pressuriza o cárter para que a mistura ar-combustível seja empurrada para o cilindro pelo canal de transferência;

ao mesmo tempo, as laterais do pistão estão agindo como válvulas que cobrem e descobrem as janelas de transferência e escapamento localizadas na parede do cilindro;

Realmente é bem legal ver o pistão fazendo tantas coisas diferentes, e é isso o que faz com que os motores 2-tempos sejam tão simples e leves. Em compensação, a carga térmica sobre o pistão é mais elevada, pois a cada curso descendente que efetua há uma combustão, enquanto o motor 4-tempos tem um dois cursos “frios”, o de admissão e o de compressão.


Se você já usou um motor 2-tempos, sabe que é necessário misturar óleo especial com a gasolina - agora que você já entende o ciclo 2-tempos, dá para ver o motivo. Em um motor 4-tempos, o cárter fica completamente separado da câmara de combustão, o que permite enchê-lo com óleo para lubrificar as peças do virabrequim, os mancais nas extremidades da biela, o pistão e a parede do cilindro. Em um motor 2-tempos, por outro lado, o cárter funciona como uma câmara de pressurização para forçar a mistura ar-combustível para dentro do cilindro, o que impossibilita que ela tenha óleo lubrificante. Em vez disso, o que fazemos é misturar óleo com a gasolina para lubrificar o virabrequim, a biela e as paredes do cilindro. Acredite, se você esquecer de misturar o óleo, o motor não vai durar muito...


FONTE: HOW STUFF WORKS